LEMON CURD...NO MICROONDAS

A Páscoa passou num instante e amanhã já é Domingo de Pascoela. Não sei se nas vossas terras também se chama assim ao domingo após a Páscoa.
E eu, como já estou "livre de encargos", estou a preparar-me para dar uma fugidinha por uns dias, à procura de sol e mar! Mas não demoro muito, prometo.

Como nesta época do ano ainda se encontram limões em conta, lembrei-me de vos trazer uma receita de Lemon Curd  (um creme ou compota de limão), muito rápida e prática se tiverem microondas.
 Encontrei-a na revista Saberes e Sabores de Junho de 2000. 
Usa-se para barrar torradas, scones, muffins (queques em português), bolachas de água e sal, ou para rechear caixinhas de massa areada. Pode-se usar ainda para rechear e cobrir bolos.

Lemon Curd no Microondas

Ingredientes:

3 limões
3 ovos
225 g de açúcar
70 g de margarina Vaqueiro

Lave muito bem os limões.
Rale finamente as cascas para uma tigela que possa ir ao microondas (de preferência em pirex).
Junte o sumo dos limões prèviamente coado, os ovos e o açúcar e mexa enèrgicamente com uma vara de arames.
Leve ao microondas durante 3 minutos na potência máxima.
Retire do microondas, adicione a margarina em bocadinhos e volte a mexer fortemente com a vara de arames até a derreter por completo.
Introduza de novo no microondas durante 1 minuto e 30 segundos na potência máxima. Retire, volte a mexer com a vara de arames e leve ao microondas durante mais 1 minuto e 30 segundos, na mesma potência.
Retire, bata novamente e deixe arrefecer, batendo de vez em quando.
Depois de frio, coloque num frasco hermèticamente fechado e conserve no frigorífico.

Eu ainda não experimentei, mas logo que volte às lides culinárias, tenciono fazê-lo para poder colocar aqui as respectivas imagens. Mas se alguém se quiser antecipar, estão às ordens! ... E não se esqueçam de dizer o que acharam.
Tenham um bom Domingo de Pascoela e entrem bem na semana que se lhe segue!
Beijinhos da

Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)

PARA A MESA DA PÁSCOA...TARTE DE CHOCOLATE E CASTANHAS

Já há algum tempo que andava com vontade de vos trazer a receita desta Tarte. À primeira vista pode parecer complicada, mas não é. Foi-me dada num "work-shop" que fiz há uns anos na Cozinhomania, com uma das suas colaboradoras, a Apolónia.
Não sei se sabem, mas a Cozinhomania é o site do criador do Melhor Bolo de Chocolate do Mundo.
A sua loja fica no Campo Pequeno, mas este famoso bolo já se vende em algumas boas Pastelarias do país e no Brasil.

          Tarte de Chocolate e Castanhas


Ingredientes:

Base
120 g de farinha de trigo
65 g de avelãs picadas
60 g de manteiga derretida
3 gemas de ovos

Recheio
220 g de chocolate preto (Lindt postres 70% cacau)
375 g de natas (uso Longa Vida)
2 colheres de sopa de açúcar
1 ou 1 e 1/2  embalagem de puré de castanha  Bonne Maman (400 a 500  g)
Chocolate em pó para polvilhar q.b.

Para a base: Triture as avelãs na picadora 123, grosseiramente.
Numa tigela deite a farinha, as avelãs picadas, a manteiga derretida e as gemas de ovos e amasse. Fica com o aspecto de massa areada, mas amasse bem e forme uma bola. Numa forma de tarte forrada com papel vegetal (uso Glad), espalhe a massa com as pontas dos dedos e forre o fundo, deixando cerca de 1 cm de altura nas paredes laterais. Leve a cozer em forno médio prèviamente aquecido , durante 10 a 15 minutos.
Retire do forno e deixe arrefecer.
Para o recheio: Parta o chocolate em pedacinhos e leve a derreter ao microondas em 3 períodos de 20 segundos, mexendo em cada intervalo para não queimar. Mexa bem e reserve.
Bata as natas com 2 colheres de sopa de açúcar (usei baunilhado caseiro) até ficar em chantilly.
Junte as natas ao chocolate derretido e envolva cuidadosamente.
Verta no fundo da tarte o creme de castanhas. Cubra com a mistura de natas e chocolate e leve ao frigorífico de um dia para o outro. Na hora de servir, polvilhe com chocolate em pó.



Notas:
-  Esta receita leva muito pouco açúcar porque o creme de Castanhas da Bonne Maman é doce.
- Já usei outras marcas de puré de castanha (espanholas) que não eram tão açucaradas. Nesse caso, convém fazer o chantilly com 3 colheres de sopa de açúcar para compensar.
- Só encontrei o Puré de Castanhas no El Corte Inglês.


E termino desejando-vos mais uma vez PÁSCOA FELIZ!
Beijinhos da

Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)

PESCADA GRATINADA

Sendo Portugal um país de tradição católica, é costume fazer-se abstinência na Sexta-Feira Santa.
A pensar nisso, lembrei-me de vos trazer uma receita muito simples mas que pode dar um ar requintado à vossa mesa.
Foi uma receita dada pela Maria de Lurdes Modesto quando, nos anos 60, tinha um programa de Culinária na RTP.

Pescada Gratinada

1 rabo de pescada com 600 g
2,5 dl de leite (250ml)
2 dentes de alho médios (ou 1 grande) picados
3 colheres de sopa de margarina
sal e pimenta q.b.


Tempera-se a pescada com sal e pimenta (uso 5 bagas Margão).
Coloca-se num pirex e polvilha-se com o alho picado.
Cobre-se com leite e deixa-se repousar por 2 ou 3 horas.
Findo esse tempo, espalham-se umas "nozes" de margarina por cima e leva-se ao forno pré-aquecido a 180° C, por cerca de meia hora.
A meio do tempo, deite umas colheres do molho por cima da pescada.
Entretanto, prepare um puré de batata para acompanhar.


Sirva ainda quente, acompanhado do puré de batata e uma salada mista.

Notas:
- Usei margarina Vaqueiro líquida.
- Pode usar-se pescada grande em postas, ou maruca.
- Como o Provador do Meu Estaminé não aprecia puré de batata, cozi batatinhas pequenas inteiras e juntei-as ao molho na hora de servir.

Desejo a todos os que me visitarem e em especial às visitas que costumam deixar comentários, uma SANTA E FELIZ PÁSCOA.
Beijinhos da

Bombom  (Tia Fátima ou Avó Fátima)

CHUTNEY DE FIGOS

Não sei se convosco acontece o mesmo, mas dá-me mais prazer comer aquilo que confecciono do que aquilo que compro feito no supermercado. Só o facto de não conter corantes nem conservantes artificiais, já é uma mais valia para a Saúde.
Hoje vou dar-vos uma receita de Chutney de Figos, simples de fazer e óptima para acompanhar frango assado.
Encontrei-a em  http://www.moo.pt  
na secção de Receitas (Molhos Especiais). 



Chutney de Figos

Receita para 30 porções

4  chávenas (xícaras) de figo fresco picado
2 chávenas de cebolas picadas
1 chávena maçã picada
5 colheres de sopa de azeite virgem
4 colheres de sopa de vinagre de maçã
1 chávena de vinho tinto
q.b. de sal e pimenta branca
6 chávenas de figos secos picados

Aqueça o azeite e doure a cebola com a maçã. Deixe refogar e acrescente os figos secos, o vinagre de maçã, o vinho tinto, sal e pimenta. Baixe o lume para o mínimo e deixe cozinhar mexendo de vez em quando, por 7 minutos, ou até os figos começarem a desfazer-se. Adicione o figo fresco, misture e cozinhe por mais 3 minutos, mexendo de vez em quando. Retire do lume e encha um frasco com tampa hermética. Deixe arrefecer e conserve no frigorífico. Amorne a quantidade necessária para servir de cada vez.

Nesta altura do ano ainda não há figos frescos aqui em Portugal. Também não preciso de 30 doses. Então, fui para a cozinha e com o que lá havia fiz ...



O MEU CHUTNEY DE FIGOS

Para 2 frascos médios.

4 colheres de sopa de azeite virgem
1 cebola média picada
1 maçã (Fudgi ou Starking) picada
3 chávenas de chá (160 ml) de figos secos picadinhos
4 colheres de sopa de vinagre balsâmico
2/3 de chávena de vinho branco
1/3 de chávena de vinho doce (Porto ou Madeira)
1 chávena de água
1/2 colher de chá de gengibre em pó
1/2 colher de chá de cravinho em pó
1 estrela de anis (facultativo)
sal q.b. (pus 1 colher de chá)
pimenta q.b. (usei 5 pimentas moídas na hora)


O procedimento é o mesmo explicado em cima. É muito fácil e rápido. Em menos de meia hora estava pronto, nos frascos!
Para facilitar o trabalho, piquei os figos para uma tigela. Juntei-lhes o vinagre balsâmico, os vinhos e a água quente. Misturei e reservei.
Numa tacho de inox deitei o azeite e a cebola picada e deixei aquecer um pouco. De seguida juntei a maçã picada e deixei refogar uns minutinhos em lume brando, mexendo de vez em quando. Quando a cebola ficou caramelizada juntei a mistura dos figos. Temperei de sal e pimenta, juntei as especiarias e deixei levantar fervura. Logo a seguir pus o lume no mínimo e tapei o tacho. (Se achar que tem pouco líquido vá acrescentando água a ferver, aos poucos). Deixei ferver 10 a 12 minutos (até o figo ficar quase desfeito). Retirei do lume e enchi os frascos (2 médios). Cobri com uma rodela de papel vegetal embebido em álcool e fechei hermèticamente.

Fica a sugestão para a vossa mesa de Páscoa, a acompanhar as carnes de uma refeição festiva!
Beijinhos da

Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)

CHUTNEY CASEIRO DE MANGA

Como vos contei anteriormente, andei numa de "coleccionar" receitas de Chutneys. E não imaginam o que encontrei! Além de diversas receitas de manga ou de abacaxi, vi receitas de abóbora, de beringela e alho, de figos e Chutney verde. Este último não é cozinhado, é feito em cru com coentros e coco ralado, além dos outros ingredientes.
Hoje, como vos prometi, vou deixar-vos uma receita que encontrei aqui:
http://www.receitasemenus.net/content/view/426/218/

 Chutney de Manga

6 mangas grandes
1 cebola média
2 1/2 chávenas de vinagre de vinho branco
2 chávenas de açúcar
1/2 chávena de açúcar mascavado
2 colheres de sopa de gengibre ralado
1/2 pimentão vermelho
1/2 colher de chá de canela em pó
2 cravinhos da Índia
2 colheres de sopa de passas sultanas escuras
1 malagueta (opcional)
sal q.b.

Descasque as mangas e corte a polpa em pequenos cubos.
Pique finamente a cebola e o pimentão.
Retire as sementes da malagueta e pique-a se a utilizar.
Coloque numa panela de inox o vinagre e o açúcar e misture bem.
Leve ao lume até que o açúcar se dissolva e, de seguida, junte os restantes ingredientes.  Misture bem e cozinhe em lume brando até obter a consistência de geleia fina. Retire do lume e deixe arrefecer.
Sirva a acompanhar carnes de aves. Também acompanha carnes assadas, grelhadas ou fondue de carne.

Para conservar este preparado e usar noutras ocasiões, podem encher-se frascos esterilizados, tal como se faz nas compotas. Fecham-se bem os frascos, colocam-se numa panela grande, cobrem-se com água e leva-se ao lume. Quando ferver, contam-se 10 minutos e apaga-se o lume. deixa-se arrefecer completamente e só então se retiram os frascos. Guardam-se em local fresco e no escuro.Depois de abertos conservam-se por duas semanas no frigorífico.

Tenham uma boa semana. Beijinhos da

Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)

CHUTNEY OU CHETNIM E FRITOS DE COUVE-FLOR COM MOLHO DE MANGA

                             Chutney de Manga, Damasco e Coentro

O que a gente aprende quando tem um blog!
Julgava eu que o Chutney era um produto inglês. Ao consultar a Wikipédia, fiquei a saber que o nome original é Chetnim e é originário da Índia. Como este país foi colonizado pelos ingleses, eles trouxeram e divulgaram estes novos sabores pela Europa, "inglesando-lhe" o nome.
O Chetnim é um condimento de paladar agridoce, picante (forte ou suave), ou ainda uma mistura dos dois.
Os ingredientes usados nos Chetnins são: frutos ou vegetais, pimenta, açúcar, sal, alho, cebola, mel, vinagre, gengibre e canela. As especiarias são: coentro, cominho, assa-fétida e feno-grego.
O resultado é um molho consistente de sabor agridoce e picante, muito bem apaladado,  para acompanhar carnes ou para usar em tostas como aperitivo.
Desta vez comprei um Chutney de Manga, porque tinha estado a anotar uma receita que o pedia e eu não sabia o que era. É composto por manga (34%), Maçã (17%), Damasco ou Pêssego (17%); vinagre de malte, cebola em pó, alho em pó, folhas de coentro, gengibre em pó e coentro em pó. É cozinhado em lume brando em panela destapada. Toda esta informação vem impressa no rótulo. 
Agora deixo-vos a receita que me aguçou a curiosidade para este ingrediente.

Fritos de Couve-Flor com Molho de Manga

Polme para fritos:
50g de farinha
1/2 colh. de chá de pimenta cayena
40g de queijo Parmesão ralado
2 ovos
2 colh. de sopa de leite

1 frasco de Chutney de Manga
1 couve-flor em floretes (raminhos separados) bem lavados
Óleo para fritar

Leve ao lume uma panela com água e sal. Quando ferver, introduza os floretes de couve-flor e depois de levantar fervura de novo, conte 5 ou 6 minutos. Retire o tacho do lume, escorra a água e passe os floretes por água fria. Seque num pano da loiça lavado ou em toalhas de papel.
Numa tigela, junte a farinha, a pimenta, o queijo ralado e misture bem. Acrescente os ovos (um a um) e o leite e bata até obter uma mistura homogénea.
Aqueça bem o óleo. Passe os floretes um a um pelo polme e frite-os no óleo bem quente. Escorra em papel absorvente.
Coloque numa travessa e sirva, com o Molho de Manga numa tacinha à parte.

Molho de Manga

4 colh. de sopa de Chutney de Manga
Sumo de 1/2 lima (ou limão)

Junte tudo e sirva numa tacinha, ao lado dos fritos de couve-flor.

Esta receita foi tirada da revista da BBC, Food Cook .
É uma receita Vegetariana e pode ser usada por quem não come carne por ser Quaresma.

Nota: O Chutney de manga já é tão gostoso e apaladado, que para mim, o sumo de lima não faz falta nenhuma.

Para a próxima, vou fazer o "meu" chutney e depois digo-vos se vale a pena, he,he!
Se ficar bom, dou-vos a receita!
Boa semana para todos. Beijinhos da

Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)

APPLE SAUCE OU MOLHO DE MAçÃ

Um dos meus passatempos culinários é a descoberta de outros aromas e sabores, que não apenas os tradicionais de Portugal. Assim, nas minhas visitas aos netinhos que vivem fora do país, tenho aproveitado para conhecer melhor mais alguns . Na Suíça foram os chocolates, em San Diego foram os picantes e ultimamente, entre outros, têm sido os molhos e chutneys.

                             Chutney de Manga, Damasco e Coentro e Molho de Maçã


O primeiro Molho de Maçã que comprei era confeccionado com cidra. Este que vêem na imagem é cozinhado com água, açúcar, maçã (60%), amido modificado de milho, ácido cítrico (acidificante), ácido ascórbico (antioxidante), sorbato de potássio e metabisulfito de sódio (conservantes). Contém sulfitos.
Embora o sabor seja muito agradável, os molhos de compra têm sempre este defeito: estão cheios de conservantes e antioxidantes nada "naturais" e muitas vezes são alergéneos, como é o caso dos sulfitos.
Então hoje, decidi fazer um Molho de Maçã bem saudável e tão gostoso (ou mais) do que os de compra. Querem experimentar?

             Molho de Maçã caseiro


1 kg de maçãs Granny Smith

1/2 limão em sumo (ou de 1 pequeno)
1 dl de Geleia de Vinho Moscatel 
1/2 dl de água
1 colher de sobremesa de Vinagre Balsâmico 
1 colher de chá de açúcar amarelo
4 cravinhos da Índia


Lavar e descascar as maçãs. Cortar aos quartos e descaroçar. Partir em oitavos e depois cortar em quadradinhos. Regar com o sumo de limão para não oxidarem (escurecerem).
Juntar os restantes ingredientes e levar ao lume até ferver.
Logo que levante fervura, reduza para o mínimo e deixe cozinhar em lume brando por cerca de 10 minutos com o tacho tapado. Retire a tampa e deixe no lume por mais 5 minutos.
Encha os frascos até ao cimo e cubra com rodelas de papel vegetal embebido em álcool. Feche com a tampa hermética e deixe arrefecer. Guarde no frigorífico por 6 a 8 semanas.

É claro que provámos logo ao almoço a acompanhar um grelhado de Cachaço à Italiana, servido com arroz de tomate e salada mista. Eu estava com receio que tivesse ficado muito ácido, mas não. Estava óptimo!


Eu usei a Geleia de Vinho Moscatel que tinha comprado no El Corte Inglês. Se não tiverem podem substituir por 1 dl de Vinho Moscatel, do Porto ou Geropiga. Nesse caso talvez tenham de adicionar mais 1 colher de açúcar amarelo. É uma questão de provar primeiro e usar a gosto.


Desta maneira, o limão serve de antioxidante e como tem pectina, não precisamos do amido modificado de milho que acho que deve ser transgénico!!! Não contém conservantes artificiais nem sulfitos!
Em resumo, é muito mais saudável e vale a pena experimentarem, se gostam de sabores agridoces. 
Não se esqueçam que a maçã ajuda a digerir a carne e tem muitas vitaminas.


Amanhã falaremos de Chutneys.
Tenham um bom fim de semana.
Beijinhos da


Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)











COMPOTA DE RUIBARBO


 Andava muito curiosa para encontrar ruibarbo, sobretudo depois de ver algumas receitas aqui na "net", mas aqui em Portugal não é muito comum encontrá-lo nos sítios onde me movimento.
Quando estive em Londres, nas vésperas de regressar, fui presenteada pela minha nora com um ramo deles. Não podia ser muito grande para caber na mala, he,he! Mas fiquei toda contente, pois ia finalmente fazer a experiência! Obrigada, querida A.

                  Caules de ruibarbo

Fiz uma pesquisa na Wikipédia e fiquei a saber que o ruibarbo é originário da Asia, das margens do rio Volga. É usado há milhares de anos como planta medicinal, sobretudo na Medicina Chinesa.
Como alimento só começou a ser usado no séc.XIII (13), quando chegou à Grã Bretanha. Ainda hoje é na Grã Bretanha que se produz e consome a maior parte do ruibarbo.
Só os talos são comestíveis. As folhas são tóxicas e não se podem comer porque têm forte concentração de ácido oxálico, que prejudica os rins e é corrosivo.
Tem como propriedades e indicações terapêuticas:
- Digestivo, estimulante do fígado, estomáquico, laxante em doses superiores a 2g e anti-diarreico em doses até 300mg (raízes).
- Diminui a absorção do ferro, pelo que deve ser evitado por pessoas com tendência para a anemia.
- Quando associado ao ácido acetil salicílico (AAS) pode causar gengivite e estomatite (infecções na boca).
- Não é recomendável a quem sofra de cálculos renais ou gota, devido ao seu alto teor de oxalato.
- Na culinária pode ser usado em sobremesas.

Por sinal, o ruibarbo que trouxe de Inglaterra, foi criado na Holanda! (He,he).
As propriedades acima referidas dizem respeito a toda a planta: raízes, caules e folhas.
Os caules são comestíveis por terem baixo teor de ácido oxálico.
A Wikipédia não diz, mas alguns blogs alertam para o facto de só se poder cozinhar o ruibarbo em utensílios de inox, cerâmica ou vidro tipo Pyrex. Nunca em tachos de alumínio!

Depois das pesquisas fiquei com 3 receitas de Bolos e outras tantas de Compotas. E a escolhida, foi a da minha Amiga Mónica do Pratos e Travessas que podem visitar aqui http://pratos-e-travessas.blogspot.com

Compota de Ruibarbo

750g de ruibarbo
225g de açúcar amarelo
1 laranja


Lavam-se os talos e cortam-se aos cubos (ou rodelinhas). Num tacho de INOX (nunca de alumínio), ponha o ruibarbo, o açúcar, a raspa e o sumo da laranja. Misture com a colher de pau e leve ao lume. Logo que levante fervura, reduza o lume para o mínimo e deixe cozinhar em lume brando até o ruibarbo se desfazer.
Retire do lume e deixe arrefecer. Guarde em frascos fechados, no frigorífico.
Se gostar dos pedaços de ruibarbo inteiros, ponha a mistura num pyrex, cubra com papel de alumínio e leve ao forno por 45 minutos.

Para a outra vez, escolho um frasco mais pequeno, he,he!
Ficou um pouco baço talvez por causa do açúcar amarelo, mas é de paladar excelente: doce e levemente ácido ao mesmo tempo. O que chamamos agridoce.
Despeço-me com votos de boa semana para todos.
Beijinhos da

Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)